terça-feira, 13 de novembro de 2012

Jovem morre durante cirurgia de lipoaspiração no ES, diz família


A técnica de enfermagem, Luana Balestrero Borges, tinha 25 anos. Hospital informou que vai se pronunciar.
A técnica de enfermagem Luana Balestrero Borges, de 25 anos, morreu durante cirurgia de lipoaspiração, nesta segunda-feira (12), em Vitória. O G1ligou para o Hospital Santa Paula, onde a cirurgia foi realizada, mas recebeu a informação de que o diretor não estava no momento e que o hospital ia se pronunciar ao longo do dia.
Segundo o namorado de Luana, Adilson Júnior, a causa da morte não foi informada na certidão de óbito. "O Instituto Médico Legal deu autorização para enterrar o corpo, mas retirou alguns órgãos para análise e disse que o resultado pode demorar até dois meses para ficar pronto", disse.
Adilson afirma que acompanhou Luana em todos os exames e foi com ela ao hospital no dia da cirurgia. Segundo ele, os dois chegaram ao hospital às 6h e a cirurgia estava marcada para começar às 7h."O médico disse que a cirurgia ia demorar cerca de duas horas e meia. Por volta de 9h30, o médico me disse que ela tinha morrido. Ele falou que achava que no final da cirurgia um pedacinho de gordura pode ter entrado em uma artéria e causado embolia", conta.
A família de Luana estava muito abalada com o ocorrido. O pai dela, Carlos Borges, afirma que tentou convencer a filha a não fazer a cirurgia."No sábado, ela veio à minha casa e disse que estava alegre porque a cirurgia estava marcada para segunda-feira. Ela queria fazer, porque achava que ia ficar com o corpo mais bonito. Falei para ela não fazer, que a gente vê na imprensa que essas meninas fazem e muitas vezes, quando não morrem, ficam mutiladas. Eu falava que ela não precisava de cirurgia, mas ela queria fazer", conta o pai.

Mensagem
Luana enviou uma mensagem para o celular do ex-marido Leomar Ferrani, com quem viveu por dois anos. Ela dizia estar preocupada. “Estou me internando agora, cirurgia complicada. Ora por mim. Caso aconteça algo, cuida bem da Rebeca. Obrigado por tudo. Beijo, Luana”, dizia a mensagem. Rebeca era a cadela do casal, que ficou com Leomar.
Ele diz que Luana já vinha sofrendo com outro problema de saúde. “Ela me mostrou um raio-x de um problema no útero que, segundo o médico dela, já estava agravado a mais de um ano. Estava uma ferida muito grande e precisaria fazer uma raspagem para fazer uma biópsia e saber o problema dela. Ela disse que sentia muitas dores e quase não conseguia andar”, contou.

Sindicância
O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que vai abrir sindicância para apurar o que aconteceu. Será apurada a conduta do médico e do hospital. O prazo para a apuração é de 60 dias, podendo ser prorrogado.

Via G1

Embolia gordurosa é apontada como causa provável da morte da morte de jovem

Direção do hospital santa Paula, onde Luana Balestrero fez operação, afirma que médicos tentaram reanimar a técnica em enfermagem por mais de uma hora, aplicando injeções de adrenalina e massagem cardíaca

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CFM autoriza médico a cobrar valor extra para acompanhar parto


O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou parecer que permite aos obstetras conveniados aos planos de saúde a estabelecer honorário específico para acompanhar, presencialmente, as gestantes no momento do parto.

Atualmente, os planos de saúde são obrigados a assegurar o atendimento às gestantes, mas não que o parto seja feito pelo mesmo profissional que a acompanhou durante o pré-natal, conforme o conselho. Com o parecer, todas as etapas do pré-natal seriam cobertas pelo plano de saúde, sendo que para o parto, a paciente interessada em ser acompanhada por seu obstetra deverá pagar diretamente a ele um honorário específico.
Segundo o CFM, de posse do recibo, ela poderá pedir ressarcimento à operadora de plano de saúde ou a dedução do valor no imposto de renda. “O parecer salienta que acordos neste formato não caracterizam dupla cobrança, pois o médico receberá apenas da paciente. Outro ponto em destaque é que o entendimento é opcional. A gestante que preferir não contar com este tipo de acompanhamento terá seu parto realizado por obstetra plantonista em maternidade credenciada ou referenciada pela operadora sem o pagamento de qualquer valor extra”, diz o conselho.
A maioria dos profissionais credenciados aos planos não oferece a opção parto normal, apenas cesárea, sob o argumento de que a operadora paga o mesmo valor por ambos os procedimentos, sendo que o parto normal pode demorar até dez horas.
Para o conselho, o parecer pode funcionar como um instrumento importante para reduzir o número de cesarianas feitas no Brasil, “além de tornar mais transparente o relacionamento entre médicos e pacientes e estimular a melhora da cobertura oferecida na saúde suplementar às gestantes”.
“O Brasil enfrenta uma epidemia de cesarianas, sendo que muitas ocorrem pela impossibilidade dos médicos de ficarem disponíveis várias horas. Com essa nova orientação, se abre a possibilidade de que médico e a paciente acordem parâmetros de acompanhamento, o que pode resultar no aumento gradativo dos partos normais também na saúde suplementar”, argumentou o CFM.
Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2010, a taxa de partos por cesariana na rede privada e suplementar foi 82%. Na rede pública, chegou a 37%. Ambos os percentuais estão acima dos 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ainda de acordo com o CFM, não há impedimento ético para que obstetras vinculados aos planos de saúde estabeleçam regras específicas para garantir sua presença em todas as etapas do atendimento às gestantes, desde o pré-natal até o nascimento da criança. Os conselhos regionais do Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo já reconheceram anteriormente a prática, da cobrança do honorário, como ética, conforme o CFM. (Agência Brasil)

sábado, 3 de novembro de 2012

Ouvido biônico é indicado para surdez severa




Envelhecimento, exposição a sons intensos, questões genéticas, doenças e a ingestão de medicamentos tóxicos ao nervo auditivo são algumas das causas da surdez. A deficiência auditiva pode ser leve, moderada, severa e profunda. A otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães explica que a perda leve não dificulta a compreensão da fala, no nível moderado é indicado o uso de aparelho auditivo, no nível severo não é possível ouvir sons abaixo de 80 decibéis – altura de um aspirador de pó e no profundo os sons abaixo de 95 decibéis não são ouvidos.

As pessoas caracterizadas como surdas possuem problemas de audição severos ou profundos. A dificuldade de comunicação pode causar transtornos psicológicos e emocionais, prejudicar as relações sociais e afetar o aprendizado. “A intervenção de um especialista é fundamental para o tratamento da deficiência auditiva e reabilitação do paciente. Além dos tradicionais aparelhos auditivos, o implante coclear, também conhecido como ouvido biônico, é considerado uma alternativa eficaz para melhorar a audição”, ressalta Rita, otoneurologista mestre em clínica cirúrgica pela UFPR.

O implante coclear é um equipamento eletrônico computadorizado que estimula o nervo auditivo por meio de impulsos elétricos. Com a transmissão do sinal elétrico para o nervo, os estímulos podem ser enviados até o cérebro, onde são decodificados e o indivíduo volta a ouvir. “O implante é composto por uma unidade interna, implantada cirurgicamente por baixo da pele, e outra externa. A parte interna possui eletrodos, um receptor, uma antena e um imã. A antena capta os sinais elétricos e os eletrodos se conectam ao receptor, que tem como função a decodificação dos sinais”, esclarece.

O imã fixa a unidade externa na cabeça, composta por uma antena trasmissora, um microfone e um processador de fala. Estes componentes são a parte visível do implante no paciente. O microfone capta e transmite os sons do ambiente para o processador de fala, que transforma os ruídos em impulsos elétricos e os envia para a antena transmissora. “A antena transporta o sinal até a unidade interna, onde os sons são decodificados e há a estimulação do nervo auditivo. O restante do processo fica por conta do cérebro, que interpreta os sons”, explica.

A cirurgia para colocação do implante é delicada, pois exige a abertura de uma área próxima ao nervo facial. Rita destaca que a experiência dos médicos e a tecnologia tem assegurado o sucesso da intervenção. “O implante coclear é uma das estratégias mais avançadas para o tratamento da surdez. Graças a uma complexa tecnologia, o ouvido biônico é capaz de restaurar a audição”, aponta a médica, integrante da Equipe de Implante Coclear dos hospitais Pequeno Príncipe e Iguaçu. Rita avalia os candidatos ao implante de ouvido, especialmente os que se queixam de zumbido e tontura.

Antes da indicação, o paciente realiza diversos exames e testa outros tipos de tratamento para a deficiência auditiva. Em caso de insucesso, o paciente é avaliado por uma equipe de profissionais que analisa a viabilidade do procedimento. “São analisados diversos critérios e a avaliação é rigorosa. Em geral, os pacientes com mais chances de serem indicados para o implante coclear tem surdez severa bilateral que não foram beneficiados com o uso do aparelho auditivo. Quanto maior for o tempo de surdez, mais difícil será a reabilitação”, observa.

Segundo Rita, os pacientes com menos de 10 anos de surdez apresentam bons resultados com o implante coclear. Crianças que nasceram surdas e receberam tratamento precoce também exibem resultados positivos. “O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o tratamento gratuitamente. Para que o tratamento seja eficaz, é fundamental que o paciente seja atendido por uma equipe interdisciplinar durante o período de reabilitação, pois o cérebro vai aprender a ouvir de outra forma”, acrescenta a especialista, responsável pelo Setor de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da UFPR.

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