quinta-feira, 28 de junho de 2012

Reajuste de planos de saúde é fixado pela ANS em no máximo 7,93%




A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou em 7,93% o índice máximo de reajuste dos planos de saúde individuais ou familiares, contratados a partir de janeiro de 1999. O reajuste é válido para os planos contratados entre maio de 2012 e abril de 2013. Segundo a agência, o aumento incidirá sobre os contratos de aproximadamente 8 milhões de beneficiários, o que representa 17% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil.

A ANS recomenda que os consumidores observem os próximos boletos e verifiquem se o valor corrigido corresponde ao porcentual de 7 93% e se o aniversário do contrato ocorre a partir de maio.

Em caso de dúvida, os consumidores devem entrar em contato com a agência por meio do Disque-ANS (0800 701 9656); pela Central de Atendimento ao Consumidor, no endereço www.ans.gov.br; ou pessoalmente, em um dos 12 Núcleos da ANS distribuídos pelo País. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cientistas anunciam ter completado identificação do microbioma humano


Pessoa saudável tem 10 mil espécies de microorganismos em si, diz estudo.
Projeto teve participação de quase 80 instituições multidisciplinares.

Um grupo de cientistas anunciou nesta quarta-feira (13) a identificação do microbioma humano, ou seja, dos trilhões de bactérias e vírus que povoam as diferentes partes do corpo, e de seus genomas, e elaboraram o mapa com sua localização.
O Projeto do Microbioma Humano, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (em inglês NIH), anunciou os resultados da pesquisa em uma teleconferência simultânea à publicação de artigos nas revistas "Nature" e "PLoS", da Academia Americana de Ciências.
Do projeto, participaram quase 80 instituições de pesquisa que trabalharam durante cinco anos com um subsídio de US$ 153 milhões (R$ 316 milhões) do Fundo Comum do NIH.
O corpo humano adulto e saudável abriga dez vezes mais micróbios do que células humanas, e esse contingente inclui arqueobactérias, vírus, bactérias e micróbios eucarióticos, cujo genoma, combinado, é muito maior que o genoma humano.
Ao todo, uma pessoa saudável tem cerca de 10 mil espécies diferentes de microorganismos espalhadas pelo seu corpo.
 À esquerda, imagem de bactérias Staphylococcus epidermidis, em verde, feitas com microscópio eletrônico; à direita, a bactéria Enterococcus faecalis, que vive no aparelho digstino humano; os dois organismos são alguns dos estudados pelo projeto (Foto: AP)À esquerda, imagem de bactérias 'Staphylococcus epidermidis', em verde, feitas com microscópio eletrônico; à direita, a bactéria 'Enterococcus faecalis', que vive no aparelho digstino humano; os dois organismos são alguns dos estudados pelo projeto (Foto: AP)
'Como os exploradores do século 15 que descreviam os contornos de um continente recém-descoberto, os pesquisadores deste projeto empregaram uma nova estratégia tecnológica para definir integralmente, pela primeira vez, o panorama microbial normal do organismo humano', disse o diretor do NIH, Francis Collins.
Para definir o microbioma humano normal, o grupo estudou 242 voluntários saudáveis (129 homens e 113 mulheres), dos quais obtiveram tecidos de 15 lugares do corpo masculino e de 18 do corpo feminino. Foram tomadas até três mostras de cada voluntário em lugares tais como vagina, boca, nariz, pele e intestino.
Os artigos publicados proporcionam um panorama integral da diversidade dos micróbios em 18 lugares diferentes do corpo humano. Isso inclui genomas de referência de milhares de micróbios cultivados relacionados com o anfitrião, através de 3,5 terabases de sequências metagenômicas, conjuntos e reconstruções metabólicas, e um catálogos de mais de 5 milhões de genes de micróbios.
Os estudos incluem a descrição de mudanças na composição de várias comunidades microbiais em relação às condições específicas, por exemplo, o microbioma dos intestinos e a doença de Crohn, a colite ulcerosa e o adenocarcinona de esôfago.
Outro estudo se refere ao microbioma da pele e sua relação com a psoríase, a dermatite atópica e a imunodeficiência. Há também um artigo que se refere ao microbioma urogenital e sua vinculação com a história reprodutiva e sexual.
De acordo com a gerente do programa, Lita Proctor, os humanos não têm todas as enzimas necessárias para digerir a própria dieta. "Os micróbios em nosso corpo decompõem grande parte das proteínas, lipídios e carboidratos da dieta e os transformam em nutrientes que podemos absorver."
Além disso, Lita destacou que os micróbios produzem compostos beneficentes como as vitaminas e os antiinflamatórios que nosso próprio genoma não pode produzir.

sábado, 2 de junho de 2012

Colesterol tem influência na evolução do Alzheimer, diz pesquisa


Cientistas encontram ligação entre proteína da doença e o colesterol.
Evidência abre caminho para novos tratamentos contra o Alzheimer.



Estrutura tridimensional da proteína (em verde e azul)
aparece ligada ao colesterol (branco, preto e vermelho).
(Foto: Vanderbilt University)
Uma equipe de pesquisadores americanos descobriu que o colesterol tem papel importante na produção de uma proteína que destrói neurônios e é considerada a principal causa da doença de Alzheimer. A descoberta foi publicada nessa semana na revista “Science”.
O Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência, que leva a alterações progressivas da memória, de julgamento e raciocínio intelectual, e costuma acometer pessoas idosas.
A equipe de pesquisadores, comandada por Charles Sanders, do Centro de Biologia Estrutural, revelou a estrutura tridimensional de uma proteína que dá origem a outra chamada beta-amiloide, encontrada em exames feitos no cérebro de vítimas da doença.
Ao mapearem sua estrutura, por meio de uma ressonância magnética com dimensão microscópica, eles perceberam que o colesterol se ligava a uma parte dela.
“Há muito tempo que se pensa que, de alguma forma, o colesterol promove a doença de Alzheimer, mas os mecanismos não eram claros”, disse Sanders.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido que o colesterol alto aumenta o risco de Alzheimer e tal evidência foi levada em conta pelos cientistas.
Segundo Sanders, a análise microscópica da molécula, que mostrou ambas coladas uma na outra, pode responder a questão e ter um papel decisivo na evolução do tratamento da doença.

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