Um misto de plano de saúde com previdência privada. que ajude a pagar parte das mensalidades no futuro. A Agencia Nacional de Saúde (ANS) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep) estudam esse novo modelo, que pode entrar em vigor já em 2012.
Esse plano de saúde beneficiaria principalmente os consumidores que não conseguem mais pagar a mensalidade quando completam 60 anos e mudam de faixa etária. O reajuste nesses casos chega a 40% de quem está na primeira faixa, de até l8 anos. Onze vezes mais.
A diferença entre as faixas de 50 a 59 anos e 60 a 69 anos é de 1,4 milhão de clientes. Essa saída dos consumidores assusta os planos de saúde, principalmente porque a população brasileira está vivendo cada vez mais.
Se não houver uma mudança no mercado que mantenha os usuários com mais de 60 anos de idade nos convênios, o prejuízo das operadoras será cada vez maior.
"Todos os indicadores apontam o aumento da população de idosos. Com o reajuste por faixa etária, vai ser difícil manter um plano de saúde se não houver um planejamento financeiro", diz José Cechin, diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde (Fenasaúde), que reúne as 15 maiores operadoras de planos de saúde do país, somando 19,2 milhões de usuários.
Pelo modelo em estudo, o plano de saúde teria também as características de um plano de previdência privada (VGBL), que poderia ser usado no futuro para cobrir parte do valor das mensalidades. A tributação do produto será definida pelo Ministério da Fazenda. "O cliente terá uma espécie de poupança que irá ajudá-lo quando o valor plano aumentar mais. Desse modo, ele não vai mais ficar sem a cobertura médica na fase da vida em que mais vai precisar", diz.
O diretor da Fenasaúde dá o exemplo de um aposentado que tem 65 anos, que recebe R$1.500 do INSS e paga R$800 de plano de saúde. "Hoje, ele tem um orçamento bem apertado. Se tivesse feito um plano misto quando tinha 30 anos, poderia pagar o plano de saúde com R$400 da aposentadoria e outros R$ 400 da previdência privada", afirma.
O aposentado Yoshimine Maruyama, de 70 anos, desistiu do plano de saúde quando completou 60 anos. "Em um determinado mês chegou um boleto com o valor 40% maior que o habitual. Fui até a empresa e falaram que havia mudado de faixa etária e por isso teve um reajuste. Cancelei o contrato na hora", disse.
O modelo de plano de saúde que está em estudo na ANS terá de apresentado, por meio de projeto de lei, ao Congresso. As operadoras vão pedir apoio à presidente Dilma.
A mensalidade pelo novo modelo em estudo seria próxima a atual, Porém, poderiam ser feitos aportes extras, periodicamente, no valor desejado pelo usuário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário