O Ministério da Saúde e o da Educação finalizam nesta semana o plano nacional de educação médica, que tem entre os seus objetivos, a meta e aumentar o número de médicos por habitantes no país e também tornar mais rígidos os processos de abertura de novas vagas em faculdades de medicina. Os estudos das pastas indicam que existe a necessidade da criação de 2,5 mil vagas, com prioridade em instituições públicas.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem hoje 1,8 médicos para cada mil habitantes. O novo plano prevê que até 2030, o país tenha 2,5 médicos para cada mil habitantes. Para que a meta seja atingida, os ministérios traçaram um raio X da formação médica no Brasil para que fosse possível identificar as regiões com maior carência. Dessa forma, a abertura da vagas em cursos de medicina nas regiões deficientes terá prioridade.
Todos os anos, o país forma 16,5 mil novos médios, que freqüentam 183 escolas de medicina. A proposta do plano é elevar o número para 19 mil/ano. As últimas autorizações para a abertura de novos cursos de Medicina aconteceram no início de 2010, quando o MEC concedeu o aval a duas instituições públicas. Atualmente existem 45 processos parados no Conselho Nacional de Educação (CNE). O conselho está aguardando a publicação da portaria interministerial que deve definir as novas regras para continuar o andamento aos pedidos.
O plano nacional ainda prevê a distribuição mais criteriosas das vagas dos cursos de residência, que forem especialistas. Segundo um levantamento do Observatório de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde de São Paulo, 82% dos médicos permanecem trabalhando no Estado onde realizaram a sua residência. O governo deve propor novas formas para manter os médicos nos Estados que mais precisam, com a proposta de serviço civil, que irá oferecer incentivos financeiros para manter os profissionais recém-formados nas áreas mais afastadas.
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